Indicada por Ricardo Ayres, Universidade da Maturidade vence Prêmio Darcy Ribeiro de Educação

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados anunciou, nesta quarta-feira (9), os vencedores do Prêmio Darcy Ribeiro de Educação 2023. Entre os três selecionados encontra-se a Universidade da Maturidade (UMA), indicada pelo deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos/TO). Além disso, também foram eleitos o Governo do Estado de Alagoas e a Escola Especial Favo de Mel (RJ). O prêmio é conferido anualmente pela Comissão de Educação e pela Mesa Diretora, a três indivíduos ou entidades cujos trabalhos ou ações merecem destaque na defesa e promoção da educação no Brasil. A cerimônia de entrega do Prêmio ocorrerá em 24 de outubro. O deputado federal Ricardo Ayres, autor da indicação e titular da Comissão de Educação, enfatizou a relevância de organizações como a UMA, que valorizam e fomentam a inclusão das pessoas idosas no processo educacional, contribuindo para uma sociedade mais justa e consciente. “A conquista da Universidade da Maturidade do Prêmio Darcy Ribeiro é um reconhecimento notável do trabalho excepcional realizado pela instituição e do impacto positivo que exerce no Tocantins. A UMA tem se destacado como um modelo inspirador para outras instituições educacionais voltadas para a terceira idade, demonstrando que é possível proporcionar educação de qualidade em todas as fases da vida. Esse programa é uma alternativa para os adultos que a sociedade brasileira exclui, em uma fase da vida em que possuem experiência acumulada e sabedoria”, defendeu. Eufórico e emocionado com o resultado, o coordenador da UMA, Luiz Sinésio Neto, expressou sua alegria ao ver o projeto tocantinense sendo reconhecido em nível nacional. “É uma emoção imensa. É gratificante celebrar essa vitória, que não pertence somente a nós, mas sim a todos os mais de seis mil e quinhentos idosos que já se formaram na UMA, bem como a todo o Tocantins, que foi pioneiro na promoção da inclusão e desenvolvimento social por meio da educação”, afirmou. União da bancada A bancada do Tocantins na Comissão de Educação teve um papel fundamental na vitória da UMA, que, além da atuação de Ayres, contou com o esforço e apoio da senadora Professora Dorinha, que presidiu o colegiado na Câmara, e dos deputados Carlos Gaguim e Eli Borges. “A UMA é um projeto inovador que é exemplo de inclusão. Enfrenta o desafio de criar um espaço institucional para o trabalho com as pessoas idosas. Estamos em constante aprendizado e o maior desafio de um país como o Brasil, que encara um processo de envelhecimento da população cada vez mais avançado, é proporcionar um ambiente para formação, atendimento, qualificação e relacionamento. Parabéns a todos da UMA por esse reconhecimento do trabalho”, elogiou a senadora Professora Dorinha. Educação para a melhor idade A UMA é um programa de extensão da Universidade Federal do Tocantins (UFT) que existe desde 2006. Essa proposta pedagógica visa aprimorar a qualidade de vida de adultos e idosos (com mais de 45 anos) e promover sua integração com alunos de graduação, identificando o papel e a responsabilidade da Universidade em relação às pessoas da terceira idade. Atualmente, o programa está presente em várias cidades, como Palmas, Porto Nacional, Tocantínia, Paraíso, Dianópolis, Araguaína, Palmeirópolis, Tocantinópolis, Barreiras (BA) e Campo Grande (MS). Quem foi Darcy Ribeiro Antropólogo, escritor e político, Darcy Ribeiro foi um dos principais intelectuais brasileiros e o fundador da Universidade de Brasília (UnB). Nascido em Montes Claros (MG) em 1922, formou-se na Escola de Sociologia e Política da Universidade de São Paulo (USP) em 1946. Como etnólogo do Serviço de Proteção ao Índio, passou períodos com várias tribos indígenas. Ele foi ministro da Educação (1962-1963) e chefe da Casa Civil da Presidência da República (1963-1964). Como vice-governador do Rio de Janeiro (1983-1987), implementou os Centros Integrados de Ensino Público (Ciep). De 1991 até seu falecimento em 1997, foi senador pelo Rio de Janeiro. Foto: Vinícius Rocha
Ricardo Ayres busca redefinir receitas de apostas esportivas para financiar FIES e ProUni

O cenário das apostas esportivas no Brasil pode estar à beira de uma mudança significativa, à medida que o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) lidera um esforço para reformular a distribuição dos valores arrecadados com esses jogos. Segundo a recente Medida Provisória (MP) 1182/23, que regulamenta a exploração das apostas de quota fixa, uma parte da arrecadação já seria destinada para áreas sociais. No entanto, Ayres busca reduzir o percentual que irá para as empresas e redirecionar esses recursos visando atender as necessidades específicas da educação brasileira. Atualmente, de acordo com a MP, do valor total arrecadado com as apostas esportivas, são deduzidos o prêmio e o imposto de renda incidente sobre a premiação. O montante restante é distribuído da seguinte maneira: 82% para as empresas de apostas, e o restante para áreas como contribuição da seguridade social (10%), educação básica (0,82%), Fundo Nacional de Segurança Pública (2,55%), Ministério do Esporte (3%), e clubes e atletas associados às apostas (1,63%). No entanto, Ayres propõe uma alteração nessa distribuição, buscando um redirecionamento mais focado em iniciativas que podem ter um impacto direto na formação educacional dos brasileiros. O deputado quer diminuir o dinheiro que vai para as empresas de apostas (78%), e sugere que a diferença seja destinada ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e ao Programa Universidade Para Todos (ProUni), ambos com 2%. Essa reformulação poderia resultar em um significativo aumento dos recursos disponíveis para financiar o ensino superior no país. “É importante fortalecer o financiamento da educação superior no Brasil, além de ampliar a conscientização sobre a importância do investimento na educação como um fator crucial para o desenvolvimento sustentável do país. A possibilidade de direcionar uma parte significativa dos recursos das apostas esportivas para o FIES e o ProUni pode ter um impacto positivo e duradouro no acesso dos jovens brasileiros ao ensino superior”, defendeu Ayres. Tramitação A MP 1182/23 recebeu 244 emendas de parlamentares e será analisada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Foto: Douglas Gomes – Lid/REP